A Voz Passiva em Português: Assinale A Alternativa Que Contém Um Exemplo De Voz Passiva
Assinale A Alternativa Que Contém Um Exemplo De Voz Passiva – A voz passiva, um recurso fundamental da língua portuguesa, permite-nos descrever ações onde o sujeito sofre a ação verbal, ao contrário da voz ativa, onde o sujeito é o agente da ação. Compreender a voz passiva é crucial para dominar a construção de frases e para uma escrita mais precisa e elegante. Este artigo explorará a estrutura, as nuances e as aplicações da voz passiva em diversos contextos.
Introdução à Voz Passiva, Assinale A Alternativa Que Contém Um Exemplo De Voz Passiva
A estrutura básica da voz passiva em português envolve o verbo auxiliar “ser” ou “estar” conjugado no mesmo tempo e modo do verbo principal, seguido do particípio passado deste verbo. Na voz ativa, o sujeito realiza a ação; na voz passiva, o sujeito recebe a ação. Por exemplo: “O cão mordeu o carteiro” (ativa) transforma-se em “O carteiro foi mordido pelo cão” (passiva).
Existem duas formas de voz passiva: a analítica, que utiliza o verbo auxiliar, e a sintética, que emprega o pronome apassivador “se”. A voz passiva analítica, como em “O livro foi lido por João”, explicita o agente da passiva (“por João”). Já a voz passiva sintética, como em “Lê-se o livro”, omite o agente. A escolha entre as duas formas depende do contexto e do grau de ênfase que se deseja dar ao agente da ação.
Identificando a Voz Passiva em Frases
A distinção entre voz ativa e passiva requer atenção à estrutura da frase e ao papel do sujeito. Abaixo, analisaremos exemplos para ilustrar essa distinção.
- Frase 1: O bolo foi assado pela minha mãe. (Passiva analítica: o sujeito “bolo” recebe a ação de “assar”.)
- Frase 2: Os alunos fizeram a prova. (Ativa: o sujeito “alunos” realiza a ação de “fazer”.)
- Frase 3: Construiu-se um novo prédio. (Passiva sintética: o sujeito “prédio” recebe a ação de “construir”.)
- Frase 4: Ela escreveu um poema. (Ativa: o sujeito “ela” realiza a ação de “escrever”.)
- Frase 5: A música foi composta por Beethoven. (Passiva analítica: o sujeito “música” recebe a ação de “compor”.)
Seguem cinco frases na voz passiva, com variações verbais:
Frase | Verbo | Tempo Verbal | Agente da Passiva |
---|---|---|---|
A carta foi escrita. | escrever | pretérito perfeito do indicativo | – |
O carro será consertado amanhã. | consertar | futuro do presente do indicativo | – |
A casa estava sendo pintada. | pintar | gerúndio (tempo contínuo) | – |
O filme tinha sido gravado em Hollywood. | gravar | pretérito mais-que-perfeito composto do indicativo | em Hollywood |
As flores serão regadas pela manhã. | regar | futuro do presente do indicativo | pela manhã |
Agente da Passiva e a Omissão do Agente

A presença ou ausência do agente da passiva influencia significativamente o sentido da frase. Quando o agente é explícito, como em “O quadro foi pintado por Monet”, sabemos quem realizou a ação. A omissão do agente, como em “O quadro foi pintado”, focaliza a ação e o sujeito paciente, sem especificar o agente. Essa omissão pode ser intencional, por exemplo, para enfatizar o evento em si ou para ocultar a identidade do agente.
Exemplos com agente da passiva explícito:
- O relatório foi elaborado pela equipe de marketing.
- A lei foi aprovada pelo Congresso.
- O gol foi marcado pelo atacante.
Exemplos sem agente da passiva:
- O relatório foi elaborado.
- A lei foi aprovada.
- O gol foi marcado.
Note que a omissão do agente cria um foco diferente, sem detalhar quem executou a ação.
Voz Passiva e Ambiguidade

Em certos contextos, a voz passiva pode gerar ambiguidade, dificultando a interpretação da frase. Isso ocorre, frequentemente, quando a frase não especifica claramente o agente da ação ou quando a estrutura permite múltiplas interpretações. Para solucionar a ambiguidade, recomenda-se a reescrita da frase na voz ativa, tornando o agente da ação mais explícito.
Frase ambígua 1: O carro foi consertado.
Reescritas para eliminar a ambiguidade:
- O mecânico consertou o carro. (Agente explícito)
- Eu consertei o carro. (Agente explícito)
Frase ambígua 2: A torta foi roubada.
Reescritas para eliminar a ambiguidade:
- O ladrão roubou a torta. (Agente explícito)
- Alguém roubou a torta. (Agente implícito, mas menos ambíguo)
Voz Passiva em Contextos Específicos
O uso da voz passiva varia consideravelmente dependendo do contexto textual. Em textos científicos, a voz passiva é frequentemente empregada para dar ênfase aos resultados e procedimentos, objetivando neutralidade e impessoalidade. Já em textos jornalísticos, a voz passiva pode ser utilizada para omitir o agente, principalmente em situações delicadas. A literatura, por sua vez, explora a voz passiva para criar efeitos estilísticos e narrativos.
Voz passiva em textos formais:
- Os dados foram analisados estatisticamente.
- O experimento foi conduzido sob rigorosas condições de controle.
- A pesquisa foi revisada por pares.
Voz passiva em textos informais:
- O bolo foi comido rapidinho.
- A roupa ficou toda amassada.
- A festa foi super legal.
A escolha vocabular reflete a formalidade ou informalidade do contexto.
Domínio da voz passiva significa aprimorar significativamente a capacidade de escrita e compreensão textual. De textos científicos rigorosos a artigos jornalísticos impactantes, passando por narrativas literárias envolventes, a utilização adequada da voz passiva demonstra sofisticação linguística e clareza comunicativa. Compreender a sua estrutura, as nuances de sua aplicação e os potenciais problemas de ambiguidade associados a ela, é fundamental para a construção de frases concisas e eficazes.
Lembre-se: a escolha entre voz ativa e passiva não é arbitrária, mas sim estratégica, influenciando diretamente o impacto e a interpretação da mensagem. Portanto, continue praticando e explorando as possibilidades oferecidas pela voz passiva na língua portuguesa.